MUSEU ESTAÇÃO IMAGEM DE MORA mora . portugal
concurso internacional . 6º lugar
2012


Com o lançamento deste concurso de ideias, surge a oportunidade de repensar cultural, social e urbanisticamente uma zona abandonada e degradada da cidade de mora, tanto ao nível dos espaços exteriores de lazer como ao nível da oferta de equipamento cultural para a comunidade.

A Estação ferroviária de Mora, assim como muitas outras estações espalhadas por todo o país, são testemunho da nossa história e da evolução dos tempos. Com o passar dos anos e as sucessivas crises económicas e políticas, muitas foram as linhas férreas desactivadas devido à escassez de passageiros e de mercadorias. É neste contexto, que se torna urgente devolver este espaço, sendo essencial restituir a importância do mesmo introduzindo um espírito de modernização, de modo a contribuir para a elevação da qualidade arquitectónica da cidade e da região. Propõe-se um edifício de carácter singular que irá funcionar como referência no espaço público da cidade.

A imagem peculiar deste edifício impõe-se na paisagem como uma viagem no tempo, relembrando períodos na história que ficaram eternizados na memória de muitos e nas paredes desta estação, sendo deste modo imperativo manter esta memória intacta, passando-a as novas gerações. A integração urbana da proposta parte dos arruamentos existentes. Partindo deste pressuposto e tomando partido a topografia do terreno, gerou-se naturalmente uma modelação que une as duas faixas existentes, construção + espaço publico, tornando-as num só plano que se prolonga por todo o terreno e liga os volumes existentes.

A imagem da estação de comboios e das linhas de caminho de ferro mantêm-se na memória de todos, sendo os elementos mais presentes os perfis metálicos e as sulipas de madeira que se repetem ao longo de quilómetros. Foi a partir deste imaginário que materializamos as intenções iniciais de criar uma superfície que unisse o edifício e a praça, criando uma identidade para toda a intervenção, como já acontecia nos edifícios da estação, através dos seus frisos e molduras.

Utilizando um sistema de sulipas com 200x20x10 através da sua repetição e sobreposição, cria-se uma grelha ortogonal, modelada através da adição ou subtracção de camadas, criando espaços exteriores dinâmicos variados, como um anfiteatro, bancos e miradouro na cobertura do edifício, e internamente entradas de luz.

FICHA TÉCNICA
tipo: concurso
cliente: município de mora
localização: mora, portugal
arquitectura: ines gomes, vitor cataluna ribeiro
engenharia: matrix xxi
paisagismo: carina oliveira
visualização: beyond-architects
custo: 1.500.000 €
dimensão: 2.500 m2
estado: 6º lugar

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